24 de maio de 2005

Algumas Histórias

Então assim se iniciam as grandes viagens, tão despretensiosas que não enxergam além do limite do horizonte. Quando se deixam perceber, léguas e léguas já foram percorridas. Talvez esta seja uma dessas viagens. Ou não. Pois há aquelas que, de tão gigantes, tropeçam em seus próprios pés e desabam com todo o seu tamanho logo no início. Espero que esta assim não seja.

Os caminhos da escrita talvez sejam longos e árduos, assim como a estrada para quaisquer outras artes. Tudo vai depender do caminhante. Algumas histórias serão aqui escritas. Talvez elas tragam alegria, talvez ódio. Quem sabe dor, ou alívio. É possível que façam toda a diferença, mas também podem fazer nenhuma. Isso vai depender do leitor.

Dessa forma, escritor e leitor andam lado a lado em busca da perfeição. Claro, o caminho pode levar à rota dos escritores que, de tão queridos, perdem a humildade, e assim se perdem. Ou à rota dos grandes que não são compreendidos, perdem a vontade, e se perdem. Ou também à rota daqueles que escrevem para si próprios, e buscam a harmonia quando os únicos leitores de suas histórias são seus próprios olhos. Estes seguem um caminho tão solitário que se perdem dentro de si mesmos.

E ainda há outros, muitos outros caminhos. O destino deles é indefinível, mas algo é certo: todos nascem a partir de um único pátio.

Aqui se inicia a jornada. Espero ter dado o primeiro passo.

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